O Grito das Bailias - A Humanização da História
Criado originalmente para a Viagem Medieval, em contexto de recriação histórica, urge fugir para o formato de performance: uma simbiose entre o movimento e o registo audiovisual e onde o passado se encontra com o presente.
É uma homenagem às personagens da História e às suas histórias, procurando humanizar a forma como as vemos e criando pontes para o agora. O Grito é o ponto de convergência entre a história que nos foi contada e a história que há para contar, é o encontro entre tempos que rasgam o próprio tempo, levando-nos a um novo lugar de fala, a questionarmos ativamente fumentando uma nova forma de contarmos a História.
“It all begins with an idea.” - Source
“It all begins with an idea.” - Source
Mergulhámos nas nossas raízes, trazendo para o palco figuras esquecidas e momentos de transição, luta e transformação. Através de uma fusão entre dança medieval, dança contemporânea e vídeo-documentário, o espetáculo questiona a História oficial e propõe uma narrativa mais humana e inclusiva.
As criações coreográficas, fruto de várias desconstruções entre o medieval e o contemporâneo, criaram um corpo coletivo e consciente – em escuta, em transformação.
Criar um documentário centrado no processo de criação oferece uma visão transparente e direta de como a abordagem do artista permite criar a ponte entre a história e os seres humanos de hoje. Pontos de convergência entre nós e os reis e as rainhas, entre o povo e os guerreiros, as mulheres e os homens que construíram o nosso sistema de valores como povo. Valores estes que se tornam invisíveis por serem ofuscados por uma só prespetiva e forma de falar a história.
O objeto artístico não é produto, não é ruído nem entretenimento vazio.Que se honre o gesto criador, que se preservem as verdades e que não se repita o apagamento.Homenageemos os corpos que sentem e os que sentiram.